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Padrão da Raça São Bernardo

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale 

GRUPO 2 

Padrão FCI No 61 

03/06/2016

Padrão Oficial da Raça 

SÃO BERN SÃO BERNARDO (ST. BERNHARDSHUND / BERNHARDINER) BERNHARDSHUND / BERNHARDINER) 

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Filiada à Fédération Cynologique Internationale 

TRADUÇÃO: Christian Roos Paz. 

REVISÃO: Claudio Nazaretian Rossi. 

PAÍS DE ORIGEM: Suíça. 

DATA DE PUBLICAÇÃO DO PADRÃO OFICIAL VÁLIDO: 04.04.2016. UTILIZAÇÃO: Companhia, guarda e de fazenda. 

CLASSIFICAÇÃO F.C.I.: Grupo 2 - Pinscher e Schnauzer - Raças Molossóides - Cães Montanheses Suíços e Boiadeiros. 

Seção 2.2 - Raças Molossóides - Tipo Montanhês. 

Sem prova de trabalho. 

Sergio Meira Lopes de Castro 

Presidente da CBKC 

Roberto Cláudio Frota Bezerra 

Presidente do Conselho Cinotécnico 

Importante: Essa tradução é apenas para gerar uma facilidade aos interessados 

que não dominam os idiomas oficiais da FCI.

Atualizado em: 12 de abril de 2017. 

St. FCI No 61 / 03.06.2016 

SÃO BERNARDO 

(St. Bernhardshund / Bernhardiner) 

BREVE RESUMO HISTÓRICO: No alto da grande passagem de São Bernardo, 2469 metros acima do nível do mar, um hospício foi fundado por monges no século 11 como um lugar de refúgio para viajantes e peregrinos. Lá, grandes cães de montanha foram mantidos desde os meados do século 17 para a guarda e proteção. A existência de tais cães foi documentada pictoricamente desde 1695 e em um documento escrito no hospício no ano de 1707. Os cães logo foram em uso como cães de companhia e especialmente como cães de resgate para os viajantes perdidos na neve e em nevoeiros. As crônicas sobre as numerosas vidas humanas salvas por estes cães da "morte branca", publicadas em diversos idiomas, e os relatórios verbais dos soldados que atravessaram a passagem com o exército de Bonaparte em 1800, difundiram o fama do São Bernardo, chamado naquele tempo de cão Barry, por toda a Europa durante o século 19. O lendário cão «Barry» tornou-se o epítome do cão de resgate. Os antepassados diretos do São Bernardo eram os grandes cães de fazenda comuns naquela região. Dentro de algumas gerações e visando um tipo ideal definido, estes cães foram desenvolvidos para o atual tipo de raça. 

Heinrich Schumacher, da cidade de Holligen, perto de Berna, foi o primeiro a começar a emitir documentos genealógicos para seus cães em 1867. 

Em fevereiro de 1884 o "Schweizerisches Hundestammbuch" (SHSB), o livro de registro suíço, foi iniciado. O primeiro registro foi a São Bernardo "Leon", e os 28 registos seguintes também foram de São Bernardos. No dia 15 de março de 1884, o St. Bernards-Club foi fundado na Basiléia. Por ocasião de um congresso canino internacional em 2 de junho de 1887, o cão São Bernardo foi oficialmente reconhecido como uma raça suíça e o padrão da raça foi declarado como obrigatório. Desde então, o São Bernardo tem sido considerado como o cão nacional suíço. 

APARÊNCIA GERAL 

Existem duas variedades do São Bernardo: 

Variedade de pelo curto (pelagem dupla, "Stockhaar"). 

Variedade de pelo longo. 

Ambas as variedades são de tamanho considerável e de aparência impressionante. Têm um corpo equilibrado, poderoso, resistente, muscular com cabeça impressionante e uma expressão facial de alerta.

St. FCI No 61 / 03.06.2016 

PROPORÇÕES IMPORTANTES 

Relação ideal de altura na cernelha ao comprimento do corpo (medida desde o ponto do ombro até o ponto das nádegas) = 9:10. 

Relação ideal de altura na cernelha à profundidade do tórax (ver desenho abaixo). O comprimento total da cabeça é ligeiramente superior a um terço da altura na cernelha. 

A relação entre a profundidade do focinho (medida na sua raiz) e o comprimento do focinho é quase de 2:1. 

Comprimento do focinho deve ser ligeiramente superior a um terço do comprimento total da cabeça. 

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: Amigável por natureza. Temperamento de calmo a astuto; vigilante. 

CABEÇA: Poderosa, imponente e muito expressiva. 

REGIÃO CRANIANA 

Crânio: Forte, largo, visto de perfil e de frente ligeiramente arredondado. Quando o cão está em alerta, o encaixe das orelhas e o topo do crânio formam uma linha reta, que se inclina nos lados em uma curva para as bochechas elevadas e fortemente desenvolvidas. A testa caindo abruptamente em direção ao focinho. O osso occipital somente moderadamente desenvolvido, e as cristas superciliares bem desenvolvidas. O sulco frontal, que começa na base da testa, é distintamente desenvolvido e corre no meio do crânio. 

A pele da testa forma pequenas rugas acima dos olhos que convergem para o sulco frontal. Quando o cão está em atenção, são moderadamente visíveis; em contrário, eles são bastante imperceptíveis. 

Stop: Distintamente pronunciado. 

REGIÃO FACIAL 

Trufa: Preto, largo e quadrado. Narinas bem abertas. 

Focinho: De largura uniforme. Ponte nasal em linha reta, com leve sulco. 

Lábios: Borda dos lábios pigmentada da cor preta. Beiços da maxila superior são fortemente desenvolvidos, firmes e não muito pendulares, formando uma ampla curva em direção à trufa. Os cantos da boca permanecem visíveis.

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Maxilares/Dentes: Maxilares superior e inferior são fortes, largos, e iguais em comprimento. Mordedura em tesoura ou pinça (torquês) bem desenvolvida, regular e completa. Boca bem ajustada com prognatismo inferior sem nenhum espaço entre os incisivos inferiores e os superiores é aceitável. Ausência de PM 1 (pré-molar 1) e M3 é tolerado. 

Olhos: De médio porte. Cor marrom escuro a castanho. Olhar moderadamente profundo com uma expressão amigável. Aperto natural de pálpebras é desejável. Uma dobra angular muito pequena na pálpebra inferior com a terceira pálpebra apenas ligeiramente visível, assim como uma pequena dobra na parte superior é permitida. As bordas dos olhos são completamente pigmentadas. 

Orelhas: De tamanho médio, inseridas altas e largas. Cartilagens fortemente desenvolvidas. As orlas são flexíveis, triangulares, com as extremidades arredondadas. As bordas traseiras são ligeiramente em pé, e as bordas dianteiras são assentadas próximo às bochechas. 

PESCOÇO: Forte e de comprimento suficiente. A barbela e pele solta no pescoço são moderadamente desenvolvidas. 

TRONCO 

Aparência geral: A aparência geral é imponente, equilibrada, impressionante e bem musculosa. 

Cernelha: Bem definida. 

Dorso: Largo, forte, firme. Linha superior é reta e horizontal até o lombo. Garupa: Longa, pouco inclinada, fundindo suavemente com a raiz da cauda. 

Peito: Ponta do peito moderadamente profunda com costelas bem arqueadas, mas não em forma de barril. Não se projeta abaixo do nível do cotovelo. 

Linha inferior e ventre: moderadamente esgalgado para trás. 

CAUDA: Definida como larga e forte. Cauda comprida e pesada. A última vértebra alcançando pelo menos a articulação do jarrete. Quando em repouso, a cauda pende para baixo ou ligeiramente para cima no seu terço final. Quando animado, é conduzida mais alta.

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MEMBROS 

ANTERIORES 

Aparência geral: Vistos de frente os braços são retos e paralelos. Verticalmente é moderadamente largo. 

Ombros: Escápulas oblíquas, musculosas e bem unidas à parede torácica. 

Braços: Mais compridos que as escápulas. O ângulo entre a escápula e o braço não é muito brusco. 

Cotovelos: Bem fechados. 

Antebraços: Retos, ossos fortes, com musculatura magra. 

Metacarpos: Vistos de frente são verticais, no prolongamento dos antebraços; vistos de perfil, são ligeiramente oblíquos. 

Patas: Largas, com dedos fortes, unidos e bem arqueados. 

POSTERIORES 

Aparência geral: Musculosos, com angulação moderada. Visto por trás, as patas traseiras são paralelas e não permanecem de pé juntas. 

Coxas: Fortes, musculosas, largas. 

Joelhos: Bem angulados, não se voltando para dentro nem para fora. Pernas: Inclinadas e bastante longas. 

Jarretes: Ligeiramente angulados, firmes. 

Metatarsos: Quando vistos por trás são retos e paralelos. 

Patas: Largas, com dedos fortes, unidos e bem arqueados. Os ergôs são tolerados se não dificultarem o movimento. 

MOVIMENTAÇÃO: Movimento harmônico de longo alcance com boa condução dos membros posteriores, e o dorso permanece estável e firme. Os patas dianteiras e traseiras se movimentam para frente em linha reta.

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PELAGEM 

Pelo

Variedade de pelo curto (“Stockhaar”, pelagem dupla): O revestimento exterior é denso, macio; bem fechado e grosso. Subpelo em abundância. Coxas com um leve revestimento. Cauda coberta com densa pelagem. 

Variedade de pelo longo: O revestimento exterior é liso, de comprimento médio e com abundância de subpelo. Pelo curto na face e orelhas; pelo normalmente um pouco ondulado sobre o quadril e a garupa. Braços emplumados. Coxas com bom revestimento. Cauda com pelos em profusão. 

Cor: Cor principal branca com manchas vermelho-claras maiores ou menores (cães de pelagem manchada) a um contínuo manto vermelho claro a escuro cobrindo o dorso e flancos (cães com manto). Um manto falho castanho avermelhado é de mesmo valor. Uma cor rajada castanho avermelhada é permitida. Amarelo acastanhado é tolerado. Sombras escuras na cabeça são desejáveis. Um leve toque de sombreamento preto no corpo é tolerado. 

Marcações brancas obrigatórias: Peito, patas, ponta da cauda, faixa do focinho, listra na cabeça e mancha no pescoço. 

Marcações desejáveis: Colarinho branco. Máscara escura simétrica. 

TAMANHO 

Altura na cernelha: Para machos mínimo 70 cm. 

Para fêmeas mínimo 65 cm. 

Para machos máximo 90 cm. 

Para fêmeas máximo 80 cm. 

Os cães que excederem a altura máxima não serão penalizados, desde que a sua aparência geral seja equilibrada e o seu movimento seja consistente. 

FALTAS: Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão. 

Falta de características sexuais. 

Aparência geral desbalanceada. 

Focinho muito curto ou muito longo.

St. FCI No 61 / 03.06.2016 

Beiços da mandíbula inferior virados para fora. 

Dentes ausentes que não o PM 1 (pré-molar 1) e o M3. Dentes pequenos (especialmente incisivos). 

Leve prognatismo inferior. 

Olhos claros. 

Pálpebras muito soltas. 

Dorso selado ou carpeado. 

Garupa mais alta que a cernelha ou caída. 

Cauda portada enrolada no dorso. 

Ausência das marcações requeridas. 

Movimento imperfeito. 

Pelagem encaracolada. 

Pigmentação incompleta ou totalmente ausente na trufa, ao redor da trufa, nos lábios ou nas pálpebras. 

Cor primária imperfeita, p.ex. pontos ou pintas castanho avermelhadas no branco. 

FALTAS GRAVES 

Pernas muito curtas em relação ao tamanho (pernas curtas). Pregas pesadas na cabeça e no pescoço. 

Braços torcidos ou seriamente virados para fora. 

Membros posteriores mal angulados, jarretes “de vaca” ou abertos. 

FALTAS DESQUALIFICANTES 

Cães agressivos ou extremamente tímidos. 

Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado. 

Temperamento fraco. 

Prognatismo superior, ou nítido prognatismo inferior. 

Estrabismo. 

Ectrópio, entrópio. 

Pelagem branco sólido ou castanho avermelhado sólido (ausência da cor primária). Pelagem de cobertura de qualquer outra cor, bem como narinas cor de carne (narinas sem pigmentação). 

Altura na cernelha abaixo do tamanho mínimo. 

NOTAS: 

Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal. 

Somente os cães clinicamente e funcionalmente saudáveis e com conformação típica da raça deveriam ser usados para a reprodução. 

As últimas modificações estão em negrito.



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